Cravo e Canela

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

A HISTÓRIA DO JOÃO E DA MARIA

Era uma vez um casal bem animado que viviam alegremente com sua família. João sempre muito calado e Maria sempre expressiva e comunicativa, lance dos opostos cabia muito bem neste casal.
João era estudioso, inovador, aventureiro, esportista e trabalhar era como um hobby. A Maria era bem mais nova, sonhadora, expressiva e curiosa. Ela conseguia analisar as pessoas e isso, às vezes, irritava o João que sempre via isso como uma implicância. Ele costumava dizer que a Maria levava a hipótese da existência do sexto sentido muito à risca, isso gerava altos papos onde nenhum dos dois chegavam a um senso comum.
Um belo dia João que estava começando seu doutorado, enviou para Maria a história da sua vida, isso era um exercício que tinha sido solicitado na cadeira de sociologia. Maria deu uma lida e comentou que tinha ficado bacana. João disse que isso era constrangedor, pois os colegas tinham relatado suas histórias sempre com pontos de infelicidade, dor, desgraça... Maria que era despachada falou que a vida geralmente pregava algumas peças e que, mesmo com seu sexto sentido "não aceito por ele", era impossível prever o futuro, e ele questionou tirando sarro - É VOCÊ NÃO TEM SEXTO SENTIDO, VOCÊ NA VERDADE É CRÍTICA.
Passaram alguns dias e João não aguentando mais, resolveu falar para Maria que estava sentindo algo estranho, Maria como toda mulher cuidadosa tratou logo de marcar algumas consultas para descobrir o que João tinha. Os passos foram dados, até que surgiu a notícia de uma doença cruel, mas que seria tratada e tudo seria tranquilo. Maria preocupada começou a procurar os melhores especialistas, mas João só aceitou ir a dois e desses escolheu justamente o que Maria tinha sentido algo de estranho. Naquele momento não era hora de brincar ou discutir, deixou João a vontade para decidir, afinal como brigar com algo sério? Ela imaginava que a cabeça do João estava a mil apesar dele demonstrar tranquilidade.
Como sempre João era prático descobriu seu problema num dia  e sete dias depois já estava fazendo o que tinha que ser.
Tudo tranquilo segundo o especialista. Maria sempre confiante acreditou e cuidou de João, fez tudo direitinho, mas sentia que algumas coisas estavam ficando diferentes do que havia sido dito pelo especialista e começou a batalha de uma ignorante com o estúpido arrogante. Maria começou a fazer listas semanais dos sintomas de João e nas consultas levava sua lista e quando ela começava a questionar o especialista vinha com respostas vagas e pouco fundamentadas, ao notar isso Maria pensou: "vou tentar estudar para aprender os termos dessa área, de repente ele responde melhor as minhas dúvidas." Que nada! Maria não obteve sucesso. Teve um dia que ela falou algumas verdades (*&¨%) para o dito especialista.
João teve um sintoma grave e diferente, Maria ligou imediatamente para o tal especialista e esse a tratou mal. Maria desligou, mas antes falou o resto que ainda não tinha tido oportunidade e correu com seu João para o Hospital.
João estava praticamente desenganado, todos que estavam ali já pensavam o pior. Maria firme pediu o especialista do hospital, esse veio e a escutou. Falou o que poderia ser feito, no entanto não poderia garantir muita coisa. Maria apenas falou: Faça a sua parte, amanhã a gente vê o resultado.
João saiu do hospital bem, bonito e corado. Na consulta com o novo especialista, Maria foi com à sua lista e perguntou: É agora, ele conseguiu sobreviver? O especialista falou claramente que ela teria que procurar alternativas em outros centros.
No outro dia Maria voltou ao consultório sozinha e pediu um minuto da atenção daquele médico.
- Dr. preciso apenas saber uma coisa, e a resposta pode ser dada apenas com um sinal de sim ou não com a sua cabeça. Pode ser? E ele disse que sim.
Maria falou, falou e falou e no final disse que precisava só da confirmação do que ela já sabia, mas como não era da área poderia estar enganada. Ela tinha que dar um novo direcionamento nas suas pesquisas.
O especialista confirmou a sua dúvida e ela veio voando para a livraria, ela sabia que tinha que correr, com aquele problema não dava para esperar muito.
Maria encontrou vários estudos, organizou e marcou uma consulta  com o especialista da área que seria o correto para o novo desafio. Ela foi cheia de esperança, pois estava tudo ali, o único detalhe era que nunca tinha sido tentado na sua cidade e nem no seu País, mas era só um detalhe. Coitada, saiu do consultório destruída, além do especialista falar que o nível de teste era insignificante, ela estava era querendo piorar o estado de João. E quando ela disse que João ia morrer de qualquer jeito e como ele estava sendo forte essa morte iria ser lenta e dolorosa, o médico falou que ela era louca e a melhor alternativa era tratá-lo paliativamente e que ele não iria sentir muito. Poxa! O médico de voz doce, naquele momento, não pensou em nenhum momento no João e na Maria menos ainda. Ela chorou uns dois dias e conversando com suas amigas do grupo de apoio com pacientes de problemas parecidos, surgiu a idéia de um outro especialista.
Maria dessa vez foi mais cautelosa, já estava muito cansada de levar facadas do peito e decidiu apenas relatar a história de João por e-mail a esse novo especialista e caso ele respondesse, aí sim, ela iria a consulta.
Passou uma semana e, ao abrir a sua caixa de e-mail, estava lá a resposta. Maria não se conteve, comprou sua passagem, organizou a sua pasta de exames e foi. O coração era pequeno, mas sentia que algo poderia acontecer.
A consulta demorou umas três horas, dessas três, trinta minutos iniciais foi de choro. Maria estava diante,    talvez, da última esperança que lhe restava, o médico muito tranquilo começou a falar de outras coisas e Maria foi se soltando, até chegar no resultado final. ELA NÃO ESTAVA LOUCA! Aquele médico havia concordado com suas pesquisas e fundamentações. Ele escreveu uma carta para algum colega da cidade de Maria e o tratamento. Maria voltou renovada, a esperança não parecia mais tênue, ela estava ali bastava apenas encontrar um médico que tivesse o espaço e prescrevesse o tratamento, pois ficar longe da sua cidade seria difícil, mas se não conseguisse ela daria um jeito.
Maria contou a João a novidade e ele topou, e o médico por muita pressão dos amigos também se viu obrigado a topar!!! E João começou o tratamento, logo na primeira semana ele ficou sem falar e nem deglutir, teve que ficar internado e Maria sentiu-se arrasada, aquele primeiro médico estava certo, ela tinha feito o seu João ficar pior, mas prosseguiu o tratamento afinal João estava sem deglutir, mas havia alternativas e poderia continuar o tratamento pois estava forte e assim foi feito. João voltou para casa e na semana seguinte seria o exame de controle.
João fez o exame e demorou muito a sair o laudo, mas quando saiu foi uma felicidade só. Tinha sumido dois implantes e os outros regrediram em 30%, o tratamento só está no começo. Maria correu com a novidade para contar para o seu João. Ele sorriu e resolveu levantar, andou, tomou banho em pé no banheiro e já não quer ficar muito tempo deitado.

Moral da história: Você  pode ter o mundo contra você, mas se você lutar naquilo que você acredita, Deus não vai te decepcionar. 

Isso é  parte de uma história de um homem com tumor cerebral recidivado por erro médico que estava com seus dias contados segundo os médicos, mas que não desistiu e nem desiste de lutar. Sua esposa apenas estudou e procurou alternativas, pois nunca admitiu, e nem admite, que os dias possam ser contados por seres humanos iguais a ela.  

10 comentários:

cintya luiza

MINHA AMIGA GABI, NÃO TENHO PALAVRAS ESTOU COM UM NÓ NA GARGANTA ELAGRIMAS NOS OLHOS, VC ME EMCIONOU VITORIA DE DEUS!! PRECISAVA DA METADE DESSA SUA CORAGEM PARA PODER SEGUIR EM FRENTE! BEIJO E TODA FELICIDADE DO MUNDO P VCS, JÁ ESTÁ DANDO TUDO CERTO.

Unknown

Amiga acho que conheço essa Maria e oro por ela sempre.
Que Deus faça sua casa transbordar de ALEGRIA E SAÚDE.
Te Amo

Cravo e Canela

:D!!! Te amo viu. E sei que estou nas suas orações,por isso tenho força. Vocês são os condutores, não consigo nada sozinha.

Cynthya

Amiga sempre leio seu blog e nunca comento, mas dessa vez não me contive, comecei a chorar uma mistura de dor e alegria, de ver que o AMOR e a perseverança, vencem a descrença de médicos arrogantes que se acham Deus.

Seu marido é uma abençoado por ter ao seu lado uma GUERREIRA, vc sabe que sou fã da sua família, fica com Deus e que Nossa Senhora te Proteja sempre, beijos.

~*Rebeca*~

Gabi,

Nunca duvidei da sua força, nunca mesmo. Nós estamos vendo a transformação divina na sua vida e, mais ainda, vemos o quanto sua vontade de vencer é gigante.

Mulher de raça e determinação, essa é você!

Te amo e amo!

Rebeca

-

Anônimo

prima... to com vc e não abro!!!
Você sabe que pode contar comigo né!?
beijossss
Nanda

NEM TANTO FUTEIS

Eta, mulher de força!
:)

Inês

Você é incrível!!!! Só tenho isso a dizer. Dizer mais pra que??
Um grande beijo e força sempre!!!!

Susie

A amiga doce e companheira q conheci se transformou nessa mulher virtuosa, gerreira e cheia de fe!!!
Sempre visito seu blog e faço preces por sua familia, Deus esta conduzindo sua vida, vc e mto abençoada !!! Em janeiro vou ai no Ceara e farei o possivel pra lhe dar um abraço, bjao!

regia

Maria,

Chorei do início ao fim da história. Vi e percebi que DEUS está muito presente na vida de vocês. Vi e percebi também que você ama João e que o AMOR em conjunto com o AMOR de DEUS, TRANSFORMA, CURA e MUDA tudo. Sei que você é FORTE, mas segure sempre na mão de DEUS. Um forte abraço, grande Beijo, e muita Força.
Adoro vocês! Força e Muita Luz. Saiba que você é um instrumento de DEUS muito importante para João e para seus filhos.
Régia.