Cravo e Canela

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Certeza




Eu consigo perceber meus defeitos e virtudes, tenho consciência disto.  
Sinto tanta falta de uma boa conversa, aquelas onde só eu falava sem deixar a respiração te dar espaço e você vinha de lá de uma forma tranquila que lhe é peculiar e começava com um beijo doce na minha nuca e ia deslizando suas mãos por todos os cantos.Quero sua volta logo, e se possível para ontem, preciso tanto sentir sua respiração; anseios e desejos. 
Você certa vez me disse que minhas mãos eram perfeitas e ficava brincando de tocar nos meus dedos e rodar minha aliança, e eu, não podia fazer o mesmo, pois a sua só foi usada por alguns meses; esse adorno não lhe cabe não é? 
As vezes pego essas revistas femininas e fico folheado, e sempre tem algum ensinamento sobre sedução, penso como seria simples e sem graça se funcionasse, talvez até funcione para um certo universo; no seu caso isso é bem mais complexo não possui manual. Não se aprende amar com técnicas  sei muito bem. 
Aprendi com você que o toque fala por si. Logo eu, que sempre fui alvoroçada por uma boa palavra. Quem diria. Aprendi a calar e só sentir. 
Sabe as borboletas? elas estão aqui a espera do seu olhar, isso é suficiente para mexer com tudo. Bastava um puxão para eu entender como seria o final daquela cena, que de novela não tinha nadinha.
Tanta coisa boa fazíamos juntos que jamais vou revelar. Isso está aqui bem guardado na minha memória para quando você voltar.

Amor não é aquele feroz. O calor das mãos, boca molhada que vai descendo até encontrar o êxtase. É só o começo.  Aprendemos a entender o que a alma deseja e o corpo diz, amém.

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